Título padrão

Depois de 3 meses, Hopi Hari reabre com 28 brinquedos

 Publicado 04/08/2017 – 20h31 – Atualizado 04/08/2017 – 20h32

Por Rafaela Dias

O parque de diversões Hopi Hari reabre oficialmente as portas neste sábado, depois de três fechado. Convidados e fãs que conseguiram comprar ingressos pelo site no mês passado, quando foi anunciada a volta das atividades, conferiram nesta sexta as novidades. Com alvará para receber 26 mil pessoas por dia, a capacidade foi reduzida a 5 mil para dar mais conforto aos usuários.

Com 87,5% de suas atrações em funcionamento (28 dos 32 brinquedos), a mais polêmica, a La Tour Eiffel, onde uma adolescente de 14 anos morreu em 2012, está desativada. A previsão de reabertura é no segundo semestre de 2018, o que desmente boatos de que o brinquedo seria desmontado.

No pé da torre foi montado um palco para uma apresentação da Hora do Horror, também na noite de sábado. Além dela, também estão fechados o Evolution, o Ekatomb e o Electron. Para essas atrações, a previsão de reabertura varia de 30 a 90 dias.

Outros brinquedos ganharam modificações. O Rio Bravo, por exemplo (espécie de rafting pelo parque, em uma estrutura que simula corredeiras) agora tem 20 botes. Antes eram apenas dois.

Além disso, não serão cobrados valores adicionais para nenhuma atração, como acontecia antes. O valor de R$ 150 vale para todos os brinquedos.

O parque, que já chegou a ter mil funcionários, reabre com 400. Segundo a administração, todos os dias os brinquedos são verificados.

Outra novidade está no pagamento de produtos como comida, bebida, souvenirs etc. Agora, o usuário compra o Hopi Plaka, um cartão com QR Code, que custa R$ 1, e carrega com o valor que quiser.

De acordo com o escritório de recuperação judicial Emerenciano, Baggio & Associados, a reabertura do parque cumpre toda a legislação necessária e em paralelo a empresa está construindo um plano para reestruturação financeira. O advogado Sérgio Emerenciano adiantou que pela média nacional, será possível conseguir de 60 a 70% de desconto no valor da dívida e um parcelamento em até 15 anos.

São aproximadamente R$ 340 milhões de dívidas com credores e com o Banco Nacional de Desenvolvimento Social e Econômico (BNDES). Outra grande parte é de acertos trabalhistas, que segundo a empresa devem acontecer em um ano após a aprovação do plano. “Alguns dos principais fornecedores continuam sua parceria com o parque. Esses casos terão prioridade no acerto de dívidas”, disse.

O estacionamento, que estava bloqueado por quebra de contrato com a empresa que prestava serviço, foi liberado por meio de liminar. O terreno pertence ao parque. “O estacionamento é uma parte importante da recuperação judicial. O recurso que será levantado pelo Hopi Hari, que passa a administrar o espaço, vai ajudar na negociação das dívidas”, explicou.