Título padrão

1.863 empresas pediram recuperação judicial no Brasil em 2016 e 1420 empresas fizeram a solicitação em 2017

Desde o advento da Lei de Falências e Recuperação Judicial (lei 11.101/2005), tivemos várias discussões técnicas e consolidações de situações da norma a realidade das empresas, algo considerado normal para toda nova lei. No entanto, o que chama atenção, segundo levantamento realizado com base nos dados do Serasa Experian, é o expressivo número de empresas que se buscaram o judiciário para se socorrer da crise que assolou o país nos últimos anos.

Sergio Emerenciano — do escritório Emerenciano, Baggio & Associados e especialista na área, aponta que os números são alarmantes: 1.863 empresas pediram recuperação judicial no Brasil em 2016 e 1.420 empresas fizeram a solicitação em 2017.

Emerenciano pondera que, para que tenhamos noção do que está ocorrendo, basta irmos ao ano 2009, quando o país também passou por uma crise. Naquele ano, 270 empresas buscaram o judiciário para se socorrer da recuperação judicial.

“Me recordo que naquele ano existiu um grande frisson no mercado, pelo então expressivo aumento de casos de recuperação judicial”, relembra o advogado.

Nos últimos 12 meses, está em discussão alterações substanciais da Lei de Recuperação Judicial, de modo que todo cidadão, operadores do direito, empresários, devem ficar atentos e acompanhar as discussões, pois os números demonstram a importância da Lei e seu uso para a sociedade, manutenção dos empregos, perpetuação dos negócios dentre tantas outras consequências que a Lei tem trazido para a sociedade brasileira e, qualquer alteração sem que haja ampla discussão poderá acarretar a perda de empregos, fechamento de empresas e consequentemente diminuição de geração de negócios em todos o país.

 

Fonte: Administradores.com