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Por G1 Campinas e Região

Discussões foram marcadas inicialmente para setembro de 2017, mas falta de quórum e até impasse entre acionistas impediu conclusão. Dívida é de pelo menos R$ 350 milhões e parque planeja parcelar.

O juiz da 1ª Vara de Vinhedo (SP), Fábio Marcelo Holanda, marcou para 5 de abril a retomada da assembleia onde será votado o plano de recuperação do parque de diversões Hopi Hari. As discussões foram marcadas inicialmente para agosto de 2017, mas houve três adiamentos por falta de quórum de credores, a pedido do parque após ele ter recebido solicitação de documentos e por causa do impasse entre acionistas. O despacho foi assinado pelo magistrado segunda-feira (19).

O parque tem dívida de aproximadamente R$ 400 milhões com 1,7 mil credores, de acordo com o administrador judicial, Gilberto Giansante. A aprovação do plano, explica, depende de aval superior a 50% dos credores envolvidos nas classes envolvidas no processo em tramitação: trabalhista, garantia real (empresas/profissionais), quirografários, e as micro e pequenas empresas.

Segundo ele, há uma previsão legal para votação em até 180 dias, mas ela foi superada pela jurisprudência. “Muitas vezes há prorrogação porque são muitos credores, valores altos e não há varas especializadas em todas as cidades do estado. Não existe um prazo”, falou ao lembrar que, por outro lado, solicitou urgência ao Judiciário para que as discussões sejam retomadas.

O advogado explica ainda que o direito ao voto será concedido para quem participou do início da assembleia, em setembro. Outros credores, conta, podem eventualmente acompanhar as dicussões. O pedido de recuperação judicial foi feito pelo Hopi Hari em agosto de 2016.

O que diz o parque?

O advogado que representa o Hopi Hari no processo, Sergio Emerenciano, sócio do escritório Emerenciano, Baggio e Associados – Advogados, afirmou que a retomada é natural e a proposta da empresa visa aplicar deságio, carência para pagamento e parcelamento.

A dívida somente é conhecida após o julgamento das impugnações e habilitações ainda pendentes de julgamento. Por ora, orbita em R$ 350 milhões, pois alguns créditos são passíveis de discussão judicial“, afirma o defensor.

Reabertura

O parque voltou a funcionar em agosto de 2017, após quase três meses fechado em virtude de crise financeira. Para tanto, segundo a direção do Hopi Hari, foi obtida uma nova linha de crédito.

 

Fonte: G1 Campinas e Região