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Discussões de credores sobre plano de recuperação judicial do Hopi Hari são adiadas para setembro

Assembleia deixou de ser instalada por falta de quórum na tarde desta sexta-feira. Dívida do parque era de R$ 330 milhões à época em que pedido foi feito à Justiça, segundo advogado.

As discussões sobre o plano de recuperação judicial do parque Hopi Hari foram adiadas desta sexta-feira (18) para 1º de setembro, em virtude de quórum insuficiente de credores. À época em que o pedido foi feito pelo centro de diversões à Justiça, em agosto de 2016, a dívida era de pelo menos R$ 330 milhões.

De acordo com o administrador judicial, Gilberto Giansante, a reunião teve início por volta das 13h no teatro do centro de diversões, em Vinhedo (SP). Ela reuniu representantes de 123 credores.

Entretanto, a assembleia sobre o plano deixou de ser instalada porque ela dependia da participação superior a 50% em cada uma das classes envolvidas no processo em tramitação: trabalhista, garantia real (empresas/profissionais), quirografários, e as micro e pequenas empresas.

O percentual mínimo foi determinado em edital formulado pela 1ª Vara Cível do município.

“É comum isso ocorrer, porque o quórum muito alto. A classe trabalhista tem mais de 1 mil credores, seriam necessários pelo menos 500 representantes e muitos estão trabalhando, não têm advogados, há vários motivos”, explica Giansante. Segundo ele, o parque tem 1,7 mil credores.

Próxima etapa

A assembleia marcada para 1º de setembro não exige quórum mínimo. Com isso, os credores podem rejeitar, aprovar ou sugerir mudanças para o plano que será apresentado pelo Hopi Hari.

Entre os outros trabalhos previstos na assembleia, de acordo com o documento, está a nomeação de um gestor judicial, quando houver afastamento do devedor; além da possibilidade de formação de um comitê formado exclusivamente por credores que auxiliaria o Poder Judiciário.

“De certa forma, ele também fiscalizaria o cumprimento deste plano”, ressaltou Giansante.

O que diz o parque?

Em nota, o escritório de advocacia, Emerenciano, Baggio e Associados – Advogados, que representa o parque Hopi Hari considerou que a não abertura da assembleia “é algo recorrente em processo de recuperação judicial e demonstra que os credores estão alinhados em resolver as questões”.